Era uma vez um Poeta
Que não sabia rimar
Mas sua história é repleta
De histórias para contar.
Tinha também a Donzela,
Filhinha do Coronel
Do mundo a mulher mais bela
Todos tiravam o chapéu!
Pra completar a história,
Só faltava o Dragão
Eis que aparece um Calango
Do tamanho de um caminhão.
Em uma noite qualquer
Calango pulou a janela
Sedento por uma mulher
Terminou raptando a Donzela.
Coronel desesperado
Mandou o trabalho parar
Escolheu um empregado
Para sua filha salvar.
E o Poeta foi o homem
Que o Coronel escolheu
E foi com medo da fome
Que o Poeta obedeceu.
Lá se foi o pobre homem
Sem uma arma a carregar
Só levava o violão
E a vontade de almoçar.
Ao encontrar o inimigo
Viu que não ia dar pé
Duelar do modo antigo
Pela guarda da mulher.
O bicho era muito grande
E o Poeta muito fraquinho
Assustado, o Poeta sentou
E pôs-se a pensar um pouquinho.
O Poeta, que já sabia
Que rimar era problema
Naquele instante ele via
A solução pro dilema.
Ocorreu um desafio
De uma forma diferente
O Calango e o Poeta
Iam fazer um repente!
Mas quem rimasse primeiro
Perdia toda a peleja
E o Calango bem matreiro
Pensou que ia ser moleza!
Acontece que o Poeta
Nunca soube fazer rima
E seguindo essa meta
O rapaz ficou por cima.
Calango desesperou
E rimou toda uma estrofe
E por perder o duelo
Tirou a Donzela do Cofre.
E na volta teve festa
Pra filha do Coronel
Tão feliz ficou o homem
Que mandou fazer um cordel.
E o Poeta ficou feliz
Voltou logo a trabalhar
E de tanto que não fez rima
Terminou aprendendo a rimar!
Outro texto de "Oficina de Texto", do semestre passado.
domingo, 12 de abril de 2009
O Poeta e o Calango
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"Viver não vale nada se eu não me expressar
ResponderExcluirSeja certo ou errado, de cara ou chapado
Quem é calango do cerrado nunca vai mudar"
Adoro Cordeis sou fã de J.Borges
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